Histórico do Projeto

Neste ano de 2012 a Keila e eu estamos em Curitiba para também convalidar nosso Curso de Bacharel em Teologia  pela Faculdade Fidélis. Fizemos este curso no ISBIM (Instituto e Seminário Bíblico Irmãos Menonitas) em 1995, mas agora estamos convalidando ele pelo MEC, para que possamos prosseguir para uma pós-graduação mais específica para nosso ministério a partir do ano que vem.
Como parte deste projeto, é nos exigido a apresentação de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Bacharel em Teologia. Desta forma, optei por fazer uma pesquisa a respeito da presença do evangelho nas comunidades do Rio Negro.
Para tal, comecei a contactar diversos pastores, líderes e missionários a respeito destas informações. Logo no início algumas pessoas se interessaram no assunto e com isso começou-se a trabalhar para o desenvolvimento de uma aliança para a elaboração de uma pesquisa mais ampla, que cobrisse todo o estado do Amazonas. Já havia uma pesquisa correspondente aos indígenas, mas nada a respeito dos ribeirinhos "não-índios", os quais são a grande maioria no Amazonas.
Assim nasceu o Projeto Fronteiras. Mas o meu trabalho do TCC continua, como sendo uma pequena fatia do projeto mais amplo. Deste modo este projeto que é pessoal, acabou tomando um escopo bem mais amplo. Entendo que isso certamente é ação de quem tem o maior interesse em estar presente na vida de cada habitante da Floresta Amazônica, ou seja, nosso Deus, a quem servimos. Sou grato a Ele por poder fazer parte disto e aguardo nEle para que outras pessoas se unam neste projeto, seja indo junto conosco ou orando, divulgando e suprindo os recursos para este projeto.

Primeria Viagem de Pesquisa

Como parte deste projeto, estarei realizando a minha primeira viagem de pesquisa, no final do mês de julho de 2012. Estarei subindo o Rio Negro, partindo de Manaus e visitando os municípios de Novo Airão, Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira. Uma viagem de 900km, que deve durar cerca de uma semana a 10 dias.
O propósito é levantar dados preliminares sobre a presença do evangelho entre as comunidades tradicionais da bacia do Rio Negro.
Junte-se a nós em oração nos seguintes motivos:
1. Pela disposição dos pastores, missionários e obreiros que serão visitados a participarem da pesquisa
2. Por condições para que esta viagem possa acontecer
3. Por sabedoria em organizar e coordenar os detalhes necessários para esta viagem
4. Por proteção no caminho.

APRESENTANDO O PROJETO

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
A região amazônica abriga hoje um elevado número de comunidades tradicionais dispersas ao longo dos rios, igarapés e interior da floresta, além das imediações das cidades. Perfazem um universo único com características partilhadas como a geografia, meio ambiente e certos padrões culturais. Por outro lado, possuem marcadores distintos socioculturais, linguísticos e de desenvolvimento político.
Estima-se uma população de 16 milhões de habitantes no Norte do país em 2012 e mais de 35 mil comunidades tradicionais na Amazônia legal (IBGE, 2010). Em relação à presença evangélica, diversas cidades de estados situados na Amazônia abrigam um bom índice de presença evangélica, e crescentes igrejas, devido ao forte apelo missionário que a região proporcionou nas últimas décadas recebendo, assim, uma boa força missionária tanto do Brasil como do exterior.
Apesar da crescente evangelização em áreas urbanas e fortes igrejas no Norte envolvidas com o trabalho em comunidades tradicionais, a realidade do interior é distinta, e a distância das cidades é proporcional à escassez do evangelho e de ações sociais. A barreira natural da floresta e rios, e a barreira sociocultural dos povos indígenas, continuam se impondo diante das ações da Igreja.
Igualmente, estima-se entre 5 mil e 17 mil comunidades ainda não evangelizadas ou sem presença de uma igreja evangélica na região Norte. Também 121 etnias indígenas ainda pouco ou não evangelizadas em todo o Brasil, sendo 75% localizadas no Norte do país (DAI-AMTB 2010).  As estimativas sobre as comunidades tradicionais conhecidas como “ribeirinhas”, entretanto, são gerais e sem direcionamento geográfico e/ou estratégico. A ausência de dados concretos quanto à quantidade e localização das comunidades não evangelizadas e mais carentes socialmente tem gerado duplicidade de ações, negligência de áreas mais necessitadas e ausência de uma boa estratégia de trabalho.
O presente projeto de pesquisa entre comunidades tradicionais na Amazônia, denominado de Fronteiras, foi desenvolvido com o objetivo de identificar e mensurar as áreas menos evangelizadas e com maior carência social na região amazônica, bem como fomentar as ações missionárias em sua direção.
O primeiro recorte de trabalho de pesquisa será o Estado do Amazonas.

ALVOS E RESULTADOS

ALVOS GERAIS
1. Formar uma aliança entre pessoas e instituições com a finalidade de glorificar a Deus por meio de pesquisas e ações que colaborem com as comunidades socialmente carentes e menos evangelizadas da Amazônia.

2. Pesquisar e processar informações sobre as etnias indígenas a respeito das quais pouco se sabe, as migrações indígenas nos principais rios e os bolsões ribeirinhos menos evangelizados e socialmente carentes na Amazônia.

3. Disponibilizar as informações processadas para a Igreja Brasileira, Indígena e Ribeirinha, Agências missionárias e de Desenvolvimento social, com o propósito de fomentar a colaboração social e espiritual junto às comunidades identificadas.


ALVOS ESPECÍFICOS
1. Promover encontros entre pessoas chaves e representantes de instituições afins, com a finalidade de construir e expandir a aliança promotora do Projeto Fronteiras, bem como estabelecer os contatos junto àqueles que utilizarão os resultados da pesquisa para ações de evangelização e social.

2. Treinar pesquisadores que possam efetivar as duas etapas da pesquisa na área proposta.

3. Realizar a pesquisa de campo a partir dos recortes geográficos e em duas etapas (Identificação primária e Identificação local) utilizando três sistemas que compõe a metodologia: formulários, planilhas e mapas.

4. Organizar o banco de dados por meio de um centro de registro e processamento de informações e uma pessoa encarregada para tal atividade.

5. Partilhar com a aliança e grupos afins os resultados parciais da pesquisa por meio de um “Relatório Parcial – Comunidades Tradicionais” expondo as informações obtidas.

6. Concluir a pesquisa no Estado do Amazonas até junho de 2014 e apresentar os resultados por meio de relatórios, gráficos, encontros, treinamentos e propostas de ações que direcionem a Igreja e iniciativas missionárias para as regiões mais carentes.

PRAZO INICIAL
O prazo inicial para o desenvolvimento e conclusão da pesquisa na região do Estado do Amazonas será de dois anos: Junho de 2012 a Junho de 2014

RESULTADOS ESPERADOS
Cada “Relatório Parcial – Comunidades Tradicionais”  proverá, quanto às comunidades tradicionais pesquisadas, o seguintes resultados: (a) número e localização das comunidades pouco ou não evangelizadas, (b) presença de igrejas estabelecidas na região, (c) necessidades de treinamento junto às igrejas estabelecidas, (d) necessidades sociais, (e) comunidades estratégicas na região.
Um relatório final proverá tais informações em todas as áreas pesquisadas por meio de um relatório geral, uma listagem de comunidades e um mapa para visualização da localização e todos os demais dados.
Um bom material visual e informativo deverá ser produzido para a mobilização em prol das necessidades apontadas.