quinta-feira, 21 de maio de 2015

Site Oficial do Projeto Fronteiras

Amados,

Deus tem nos abençoado ricamente e ampliado nossos braços, para a glória DELE.

Segue abaixo o link definitivo de nosso site OFICIAL do Projeto Fronteiras. Ali você poderá ver tudo o que temos aprendido e o que podemos compartilhar contigo. Deus te abençoe!

www.projetofronteiras.com.br

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Alguns aprendizados durante o caminho

"Há trinta e cinco mil comunidades tradicionais na Amazônia brasileira e dezessete mil delas não possuem acesso ao evangelho ". Desde que cheguei em Manaus, em 2006, fui bombardeado com essa informação. Parecia-me um desafio e tanto alcançar estas dezessete mil comunidades, mas na medida em que eu interagia com os diversos ministérios missionários que Asas de Socorro apoia, logo comecei a fazer perguntas sobre esses números: Quais são estas dezessete mil não alcançadas? Onde estão? Quantas são na verdade? O que é preciso para alcançá-las?

O Projeto Fronteiras é o resultado destas perguntas e tem se proposto a identificar a quantidade, localização e perfil das comunidades tradicionais na Amazônia ainda sem acesso ao Evangelho.

Em uma época na qual tanto números quanto verdades são relativizados e a igreja se parece cada vez mais com o mundo, novos tipos de "evangelhos" aparecem a cada dia. Em uma sociedade em que todos têm liberdade de expressão e o acesso ao conhecimento das Verdades Bíblicas nunca esteve tão disponível, há muita gente escravizada por falsos evangelhos ao invés de liberta pela verdadeira mensagem, a mais libertadora que existe no universo, que Jesus salva e que isso é de graça (Rm 3.19-28).

Enfim, a mensagem de libertação total de todo e qualquer jugo precisa ser pregada e reafirmada para nós mesmos a cada dia, para que nós a preguemos adiante corretamente (Mt 11.29-30, Gl 5.1). Não só porque ela é uma verdade absoluta e inegociável, mas também porque nosso tempo para pregá-la está se esgotando. Estamos às vésperas do retorno do nosso Senhor, e a convicção desta percepção se confirma a cada dia que abrimos um jornal, vemos os noticiários e constatamos que tudo o que foi profetizado sobre os últimos dias está se cumprindo numa velocidade alucinante, como nunca visto antes (Mt 24). Esta certeza e esperança devem nos constranger e nos impulsionar para que a única coisa que realmente faça sentido seja dedicarmos a nossa vida à proclamação do evangelho a toda criatura. Em suma, cumprir a ordem de pregar as boas novas até os confins da terra nunca foi tão urgente como agora.

Este senso de urgência nos impele a proclamar a mensagem de Cristo o mais rápido e eficazmente possível a cada habitante da selva amazônica de nossa própria geração (Lc 10.2), pois é bem provável que sejamos a última geração.

As barreiras são enormes e os recursos sempre parecem tão escassos. Então, como tornar isso possível?

Com esse pano de fundo, o Projeto Fronteiras se propõe ser mais um catalisador deste processo. Existem dezenas de iniciativas missionárias na Amazônia, e porque não incluir também o Nordeste do Brasil, onde ainda existem populações remotas que vivem na ignorância do Evangelho. O grande diferencial na tarefa de proclamação para essas populações é o grau de dificuldade de acesso para que a mensagem da Boa Nova possa ser transmitida. As barreiras são várias, tanto geográficas, quanto culturais, sociais, econômicas e de comunicação. Um cenário bem diferente da maior parte do país, onde o acesso ao evangelho é relativamente fácil graças aos diversos meios de comunicação e a grande variedade de ministérios evangelísticos nos centros urbanos.

Portanto, para qualquer grande empreendimento são necessários basicamente três elementos fundamentais: 1. Informação, 2. Direção, 3. Ação (Ne 1.1—2.9).

1. No processo de reunir a informação, que iniciou em meados de 2012 com o mapeamento das comunidades tradicionais do Amazonas, temos aprendido muitas coisas sobre a localização e características das áreas ainda carentes da presença do evangelho, mas quero destacar aqui alguns outros aspectos que nos chamaram atenção durante as mais de cem entrevistas que já realizamos com pastores e obreiros no interior do Amazonas.

1.1. Há um exército de discípulos do Senhor embrenhado na selva, das mais diversas denominações, missões, igrejas, culturas e origens, dando suas vidas, se sacrificando, para que a Boa Nova do evangelho chegue aos não alcançados. Eles vivem em desprendimento da nossa sociedade urbana e consumista para uma vida de privação e desafios enormes de sobrevivência e muitas vezes em solidão, isolados pela geografia e distância, mas dedicados ao serviço do Senhor entre indígenas, ribeirinhos, quilombolas e outros grupos. Estes homens e mulheres são a grande força missionária da igreja, mas muitas vezes são deixados a sua própria sorte por aqueles que os enviaram. Não basta uma igreja missionária ser comprometida com o envio e abertura de novos campos. Precisa ser também comprometida com aqueles que envia, pois, essencialmente, a proclamação do evangelho não se dá por meio de construções de capelas e templos ou da infraestrutura disponível, mas pelo agir, falar ou proclamar daqueles que vão e pregam (Rm 10.13-15). O elemento humano é o mais importante no trabalho missionário. Ele faz parte de todo o processo e precisa de uma atenção mais do que especial. Essa barreira do cuidado adequado com o obreiro ainda é um obstáculo maior para a expansão do evangelho na Amazônia do que o isolamento da selva em si, pois até há pessoas dispostas a ir, mas muitos não conseguem permanecer. Portanto, quanto mais na ponta da lança o obreiro estiver, mais atuante precisa ser a supervisão pastoral. Temos visto tanto bons quanto péssimos exemplos durante a pesquisa de campo. O cuidado pastoral com o obreiro é essencial nos dias de hoje (1Tm 1.18,19).

1.2. A garantia da qualidade da mensagem proclamada é outro fator essencial na estratégia de alcançar cada habitante da floresta. Se a mensagem não libertar o homem, pouco adianta. Portanto, uma teologia de salvação exclusivamente pela graça, inteiramente cumprida pelo Cristo 100% Deus e 100% homem é indispensável (Jo 1.1-14). Para garantir isso, o preparo e capacitação destes obreiros, na sua maioria leigos, deve também fazer parte essencial de qualquer estratégia missionária. Ainda melhor se essa capacitação se dá o mais perto possível de seu contexto missionário. Portanto, capacitar e preparar esse exército de discípulos "in loco" é vital para a evangelização da Amazônia. O antigo modelo, que traz os vocacionados do interior para estudarem na capital, não funciona mais na maioria dos casos, pois dificilmente esse obreiro voltará para suas origens. Da mesma forma, o modelo tradicional de envio de missionários transculturais para o Norte e Nordeste do Brasil ainda é válido, mas nem sempre eficiente.

Estes dois aspectos são características relacionadas com o perfil da geração atual. Antigamente os missionários tinham um perfil mais autossuficiente do que hoje.

1.3. O trabalho missionário nunca será concluído por uma nem duas ou três organizações ou igrejas. Por mais que o chamado para alcançar o mundo para Cristo seja um chamado para a igreja local, o desafio missionário na Amazônia é muito maior do que qualquer denominação ou organização. O modelo denominacional que valoriza a competição não se sustenta biblicamente e várias lideranças já reconhecem que não precisam atuar onde outros estão presentes (1Co 3). Ao mesmo tempo em que a sobreposição de trabalhos missionários deve ser evitada, as parcerias com propósito de criar uma sinergia pela eficiência e eficácia da expansão do Reino de Deus precisa crescer e se desenvolver cada vez mais.

2. Assim sendo, o Projeto Fronteiras quer ser mais um facilitador destas parcerias, iniciativas e atuações missionárias, disponibilizando as informações e dados obtidos em suas pesquisas de modo que a igreja brasileira possa ter um direcionamento mais objetivo para alcançar as regiões menos evangelizadas do Norte do Brasil. Queremos ajudar a construir pontes entre a Igreja e o campo missionário.

3. Além disto, também incentivar e fazer parte das ações de evangelização, apoiando equipes missionárias, envolvendo parceiros e voluntários no processo de pesquisa e colocando sua estrutura e equipe a disposição de todas as iniciativas que visam alcançar os últimos rincões remanescentes sem a presença do evangelho no Brasil.

Muitas outras coisas têm sido aprendidas durante a pesquisa de campo e outras ainda aprenderemos no decorrer do projeto. Precisamos manter nossos olhos e ouvidos atentos às necessidades do campo missionário, em humildade, a fim de podermos disponibilizar informações confiáveis e valorosas para a Igreja Brasileira, para que ela possa receber a direção do Espírito Santo e completar a Grande Comissão ainda em nossa geração.

Toda a glória a Deus.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Ampliando a Visão...

Olá querido amigo, irmão e colega de peleja nos campos do Senhor

De 27 a 29 de novembro realizamos mais uma viagem de pesquisa do Projeto Fronteiras. Desta vez fomos até o médio Solimões e visitamos os municípios de Alvarães, Tefé, Fonte Boa, Maraã e Uarini. Fomos em 4 pesquisadores: eu (Márcio Rempel), Pastor Zedenias (Assembléia de Deus do Amazonas) missionários Ademir e Márcio Schmidel (Missão AMEM / WEC Brasil). Tivemos ótimas entrevistas com os pastores daqueles municípios e pudemos levantar informações importantes sobre o evangelho pelo interior dos municípios daquela região. É uma região bastante carente e as pessoas que moram pelo interior, nas comunidades ribeirinhas e indígenas passam bastante necessidade. O trabalho missionário é bem complicado, pois as igrejas são bem pobres e quase nenhuma igreja tem meio de transporte (barco) para visitar as comunidades no interior. Os municípios tem territórios extensos, sendo alguns deles maiores do que alguns estados brasileiros. Deste modo, algumas vezes, comunidades estão a 3 dias de viagem de barco da sede do município. Na maioria destes municípios as oportunidades de trabalho são bastante escassas e muita gente depende dos programas do governo e de empregos nas prefeituras. Outros são comerciantes ou prestadores de serviço ou vivem por subsistência na agricultura familiar. Não há indústrias ou empresas que produzem bens de consumo. O custo de vida nestes lugares é muito alto, tudo custo o dobro do que em Manaus e as pessoas tem renda muito baixa. A internet ainda é um sonho, pois as vezes tem de "1G" (e a gente que reclama do 3G na cidade grande).

Ainda não compilamos as informações coletadas sobre a quantidade de comunidades não alcançadas ainda naquela área. Esperamos que até final de janeiro possamos montar o mapeamento disto naquela região. Acredito que cerca de 60% das comunidades, em média, ainda não tem presença evangélica ou acesso as Boas Novas.

Contudo, nas conversas e entrevistas percebi a grande carência que há na formação e capacitação de obreiros locais. Nas comunidades onde há igrejas ou presença evangélica e há um obreiro ou dirigente local da pequena congregação, a grande maioria são leigos na Palavra de Deus. Este cenário não é muito diferente no restante do Amazonas. Há um clamor por capacitação de obreiros por parte das lideranças. Várias das igrejas, denominações e missões encontram dificuldades neste aspecto, pois há um dilema: Se enviar um crente vocacionado para Manaus, a fim de fazer um Seminário de 2 a 4 anos, ele dificilmente retornará ao campo missionário de onde saiu do interior, pois sabe o quanto a vida lá é difícil e há oportunidades melhores nos grandes centros, como Manaus. Outro aspecto é o sustento deste candidato ou seminarista, que a igreja do interior não tem como arcar. Por outro lado, pegar um jovem missionário que cresceu na cidade e levar ele para viver num interior tão isolado como o que visitamos é praticamente impossível hoje em dia. A geração atual de missionários é bastante voltada para as suas próprias condições de vida e trabalho, bem como tendem a se comprometer por um período de tempo menor (2 a 5 anos) como missionários de campo, diferente de pioneiros mais antigos que não mediam o sacrifício para levar o evangelho aos não alcançados pelo resto de suas vidas. Nosso paradigma hoje é outro e precisamos encontrar uma maneira de resolver essa equação complicada.

Dentro deste cenário, já existem várias organizações que tem por visão e proposta levar a capacitação de obreiros para o interior, treinando obreiros locais, ou seja, ribeirinhos que se converteram e demonstram liderança e vocação para ensinar e propagar o evangelho em sua própria região, no interior do Amazonas. A metodologia adotada geralmente é por módulos de 3 a 7 dias por semestre em localidades estratégicas para reunir um grupo de alunos razoável no interior da Amazônia. Apesar de não ser tão difícil recrutar professores que se disponham a ir por alguns dias por ano ao interior ministrarem aulas, a logística para levar eles para lugares tão distantes e isolados ainda é complicada. As vezes, 3 a 5 dias de viagem de barco para ir e outros 3 a 5 para voltar, pode tornar o projeto difícil de ser executado, pois a disponibilidade de professores diminui bastante e eles acabam gastando mais tempo no deslocamento do que nas aulas. Por outro lado, os altos custos da aviação missionária também tornam esse modal inviável. Apesar de provavelmente estarmos mais próximos de conseguirmos resolver essa equação, por enquanto, a logística parece ser a maior barreira a ser transposta para que a capacitação bíblica e missionária possa chegar a tantos lugares no interior da selva que poderiam ser alcançados pelo próprios indígenas ou ribeirinhos, se tivessem a oportunidade de ser capacitados em seu próprio contexto.

Em vista disto, eu passei a sonhar e orar por um milagre para solucionar em definitivo essa situação. O milagre é a um fundo de custeio para cobrir todas as despesas de transporte destes professores e pastores pelo interior da Amazônia. Certamente é um milagre de milhares de reais para cobrir as despesas integralmente, de modo que esses diversos programas de capacitação possam ser executados em dezenas de localidades pelo interior da amazônia simultaneamente e por longo prazo. Acredito que o impacto de uma ação como esta transformaria radicalmente a penetração de obreiros ribeirinhos entre os próprios ribeirinhos, e o mesmo com os indígenas.

Jesus nos deixou uma única tarefa como igreja: Fazer discípulos entre todas as nações. Há muitas tarefas que a igreja também faz que, em tese, qualquer um poderia fazer, principalmente se pensarmos em programas de saúde e assistência social. Essas coisas são importantes, pois as pessoas precisam de cuidado integral. Jesus cuidou das pessoas sempre de forma integral, vendo o ser humano como um todo e cuidando dele assim (corpo, alma e espírito) No entanto, a tarefa maior, de FAZER DISCÍPULOS, apenas e exclusivamente a igreja pode fazer. Nenhum governo ou organização (ONG) pode fazê-lo. Portanto, acredito do fundo do meu coração, que nossos esforços maiores precisam ser direcionados para a capacitação de obreiros pelos interiores mais isolados do Brasil, pois assim a igreja florescerá e certamente alcançará todo o interior da Amazônia ainda em nossa geração. Programas sociais e de saúde integral podem ser agregados e virem com propostas complementares e como estratégia de alcance de algumas regiões específicas e totalmente desasistidas. Mas essas ações sempre são esporádicas e pontuais. A presença de um obreiro capacitado numa comunidade é regular e o testemunho e pregação dele entre os demais é quase diária, portanto, seu impacto é muito maior na expansão do Reino de Deus, mesmo a curto prazo.

Quero convidá-lo a orar e sonhar junto comigo por este milagre, pois o que é impossível para nós, é simples para Deus. Acredito que esse sonho é do Senhor, pois o único beneficiado disto é o Reino de Deus e a Sua Glória será vista entre todos os povos pelo interior da selva amazônica. Eu já vi o Senhor suprindo recursos para Sua obra muitas vezes, e creio que Ele pode fazê-lo novamente se o povo de Deus orar. Quando Jesus pediu pela obra missionária, ele pediu para orarmos por ceifeiros pois a seara já estava madura para ser colhida. O problema da obra missionária não é a seara e nem o campo, mas a falta de obreiros, de trabalhadores. E se Jesus nos pediu para orarmos por isso, precisamos fazê-lo. Jesus também disse que se orarmos no nome dEle, ele nos atenderia para cumprirmos a vontade DEle. Levar a capacitação de obreiros para o interior da selva amazônica é, com absoluta certeza, vontade de Deus, portanto, eu creio que Ele poderá atender essa oração, de modo que todas as necessidades para este projeto sejam supridas por Ele.


Juntos na causa do MESTRE

-- 
Márcio Rempel
marciorempel@gmail.com
Asas de Socorro - Manaus
Projeto Fronteiras

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Relatórios da última viagem de 2013

Semana passada realizamos outra viagem de pesquisa. Desta vez pude levar uma equipe completa e vou postar o testemunho deles nos próximos posts.
Segue o testemunho do missionário do Projeto Amanajé / Missão AMEM, Ademir Menezes, que nos acompanhou.



Dos dias 27-29 de novembro realizamos a etapa do projeto fronteiras no médio Solimões. Deus tem nos dado o privilégio de participar de sua obra rumo aos povos não alcançados. Que o Senhor desperte sua igreja para que olhem para os ribeirinhos que estão na selva amazônica.
Louvo a Deus por participar desta etapa da pesquisa, onde averiguamos de perto a realidade dos ribeirinhos daquela região com relação ao evangelho do Senhor Jesus. Louvamos por tudo que já foi feito através de irmãos queridos que entenderam o chamado do Senhor e disse sim. Preciosos irmãos, muitas vezes no anonimato no meio da Selva, mas com a certeza que os olhos do senhor estão sobre eles, e assim conseguem forças para prosseguir com a obra. Fiquei admirado ao ver muito amor e dedicação desses missionários. Fomos fazer a pesquisa com povos não alcançados mas o senhor com certeza usou disso para alcançar ainda mais meu coração. Questionei, o que de fato é preciso pra fazer a obra missionaria? Fiquei impactado com o testemunho de um irmão da Igreja Assembléia de Deus que cumpria seu ministério numa pequena cidade do interior, e nos relatou o inicio de seu ministério. Ao chegar na cidade para iniciar a obra, não tinha lugar de morar, conseguiu a casa de uma pessoa que estava parada, mas que pouco depois a pediu de volta. Pois havia ouvido conversas fiadas como: “cuidado, pastor pode pegar a casa pra ele”, “você vai ficar sem casa, o pastor vai tomar de você”.  Mas o pastor então saiu da casa pra que parasse a conversa e a pessoa acalmar o coração. E sem nenhuma condição iniciou a construção de uma casa pastoral, começando com um quartinho colocava seu colchão do lado de fora onde dormia com a família, até o lugar se erguer. Ele contava isso louvando a Deus por que o abençoou com o lugar de morar e não ter faltado nada. Olhei para aquela casa e pensei comigo. “ mas parece que falta terminar tudo”, mas aquele homem com o coração cheio de gratidão louvava ao Senhor. E dizia: o povo me diz, pastor como o senhor ergueu essa casa sem dinheiro, esta fazendo sair leite de pedra? E com sorriso no rosto ele olha pra nós e diz, DEUS faz fazer leite jorrar de onde quer. Deus faz jorrar leite da pedra. O sonho da mulher dele é colocar um piso no chão pra que dê menos poeira na casa. Mas felizes por todas as conquistas eles louvam ao Senhor e sonham com o progresso da obra missionaria.
Que o Senhor nos dê um coração cheio de contentamento, e gratidão a Ele por tudo que Ele tem provido em nossas vidas. É possível viver feliz sem tudo aquilo que achamos que precisamos. Deus sabe de fato o que é necessário e sustenta aqueles em que Nele confia.
Confiar no Senhor com todo coração, é o que estou sendo desafiado ainda mais a fazer. Senhor aumenta-me a fé. 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

RELATÓRIO JUNHO A NOVEMBRO 2013

Manaus, 22 de novembro de 2013
 


O Projeto Fronteiras continua...

Desde a última viagem em junho, quando visitamos a região de Barcelos, onde confirmamos várias comunidades sem a presença do evangelho, outras viagens aconteceram e novas estão planejadas. A Igreja Presbiteriana de Manaus já está mobilizada a fim de alcançar aquelas comunidades de Barcelos em 2014.

No mês de setembro reunimos uma equipe de voluntários, liderados pelo Pastor Alcedir Sentalin, e eles literalmente pegaram a estrada. Visitaram dezenas de localidades na região metropolitana de Manaus, abrangendo todas as estradas que saem de Manaus e se dirigem ao interior, para os municípios de Iranduba, Manacapurú, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Autazes, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva e Itacoatiara. Esta é uma área diferenciada do restante da pesquisa porque abrange principalmente as comunidades que ficam na beira das estradas e num raio de 200km ao redor de Manaus. Agora estamos começando o processo de mapeamento destas comunidades por meio da pesquisa dos dados do IBGE e em seguida faremos o georeferenciamento desta área.

A região do baixo Amazonas também ainda está no processo de georeferenciamento e mapeamento. Acreditamos que conseguiremos concluir os mapas com as comunidades alcançadas até final de janeiro de 2014.

Em outubro trabalhamos com alguns preparativos para o Fórum de Missões aos Ribeirinhos realizado em Manaus entre 7 e 9 de novembro. Pudemos apresentar os resultados das pesquisas pelo Rio Negro e em Parintins. Graças a Deus pela oportunidade de divulgarmos nosso trabalho nesse encontro de lideranças e também podermos compartilhar os dados que já obtivemos. Isso nos deu um novo encorajamento para prosseguirmos no trabalho até cobrirmos todo Amazonas, e quem sabe, a Amazônia, nos anos seguintes. No final do fórum foi criada a ALIANÇA EVANGÉLICA PRÓ-RIBEIRINHOS, que tem como propósito desenvolver a VISÃO, promover a COMUNHÃO e partilhar INFORMAÇÕES estratégicas entre os que investem suas vidas na proclamação do Evangelho de Jesus Cristo e no desenvolvimento social entre os Ribeirinhos. Agora começam os preparativos para um novo fórum em 2014, para ampliação do número de participantes e também de um CONGRESSO DE MISSÕES RIBEIRINHAS para 2015, em Manaus. Glórias a Deus por isso. São frutos que se multiplicam.

Na próxima semana, entre os dias 27 e 29 de novembro, estaremos pesquisando mais uma região. Agora vamos para o Médio Solimões. Nosso propósito é entrevistar os pastores que estão atuando nos municípios de Maraã, Fonte Boa, Alvarães e Uarini, bem como estabelecer alguns contatos em Tefé. Esta região fica entre 500km a 800km a oeste de Manaus. Estejam orando por segurança nos voos e também pelas portas abertas nas entrevistas com os pastores. Que o Espírito Santo possa estar nos dirigindo para cada local e em cada conversa ou contato. Nossa equipe será formada por mim, Márcio Rempel (Asas de Socorro), Pastor Alcedir Sentalim (IPM), Missionário Márcio Schmidel (Projeto Amanajé) e pelo missionário Ademir Menezes. Iremos com o avião anfíbio de Asas de Socorro.

 
Mais dois projetos que estão correndo paralelamente é a criação de um site para que possamos já divulgar o Projeto e as informações coletadas e também o desenvolvimento de uma ferramenta de informática que nos ajude no lançamento, compilação e depuração dos dados obtidos, bem como a apresentação de relatórios e mapas conforme os critérios que o usuário do sistema deseje obter. Ou seja, são duas ferramentas na área de Tecnologia da Informação, para as quais Deus também tem levantado irmãos, especialistas no assunto, para nos apoiarem voluntariamente. Glórias a Deus por isso.

Graças a Deus que até agora tem suprido todos os recursos para que esse projeto aconteça. Esperamos que até o final de 2014 possamos ter um mapa com a localização de todas as comunidades alcançadas e não alcançadas com o evangelho pelo interior do Amazonas.

Atualmente já cobrimos praticamente 30% do território do Amazonas na pesquisa. No mapa abaixo corresponde aos municípios demarcados com o contorno em vermelho, inclusive os 4 municípios que serão pesquisados na semana que vem.


O trabalho do Projeto Fronteiras é todo voluntário. Todos disponibilizam seu tempo e recursos para desenvolver todas as etapas, desde a prospecção dos dados que já existem, até os contatos com os pastores e líderes, bem como as viagens ao interior, buscando as informações sobre a localização das comunidades com e sem a presença do evangelho. Portanto não conseguimos andar no ritmo que gostaríamos, mas o trabalho prossegue conforme nossas possibilidades. Agradecemos a Deus pelas dezenas de pessoas que já estão fazendo parte, de alguma forma, deste projeto que acreditamos ter nascido no coração do Senhor, que nos chamou para os não alcançados. Para isso, parte de nosso trabalho é dimensionar a tarefa, localizar os não alcançados e motivar e mobilizar a Igreja para que ela prossiga de forma mais objetiva para estas áreas sem a presença do evangelho. Nosso sonho ou visão é ver o evangelho disponível para CADA indivíduo na Amazônia ainda em nossa geração.

Quero concluir agradecendo por seu envolvimento e apoio neste projeto e contamos contigo em suas orações.


Márcio Rempel

terça-feira, 11 de junho de 2013

Pesquisa em Barcelos - Fase 2

Bom dia AMADOS

Você tem feito parte do Projeto Fronteiras, de alguma forma, seja orando, sustentando ou indo junto conosco pessoalmente. No ano passado iniciamos essa pesquisa e agora estamos já começando a colher alguns frutos e plantando novas sementes. O Senhor está multiplicando esta obra.

Ao divulgar o resultado da pesquisa pelo Rio Negro, alguns irmãos, líderes da Igreja Presbiteriana de Manaus, se sentiram desafiados a irem mais longe em seu avanço missionário. Na semana que vem faremos uma viagem de pesquisa mais aprofundada visitando vários rios E COMUNIDADES que identificamos como NÃO-ALCANÇADOS na pesquisa do ano passado. O intuito é identificar pessoalmente a abertura deles ao evangelho, a fim de direcionar as viagens com os barcos missionários da IPM (Ig. Presbiteriana de Manaus), bem como estabelecer novas áreas de atuação missionária. Veja o planejamento abaixo. Barcelos fica a 400km a noroeste de Manaus, subindo o Rio Negro. É o maior município do Amazonas (maior que o estado de Santa Catarina) e com uma das menores densidades demográficas do Brasil. No entanto, mais de 70% das pessoas que vivem no interior deste município não sabem a respeito de Cristo.

E esse é exatamente o propósito final do Projeto Fronteiras, identificar as áreas e mobilizar a igreja, para que ela seja mais eficaz em alcançar a Amazônia.

Estejam orando por nós, para que o Senhor nos guie para os lugares certos. Já fiz outras viagens assim, e a direção do Senhor é muito importante nessa hora. Divulgue esse projeto, para que mais igrejas e pessoas possa fazer parte disto, pois a obra ainda é muito grande. Agradeça a Deus pelo suprimento dos recursos para custearmos essas viagens para mobilizar a igreja.

JUNTOS NA CAUSA DO MESTRE

Viagem de Pesquisa pelo rio Amazonas


Retornei para casa no sábado, dia 11 de maio
 as 17h, após 7 dias de viagem pelos 10 municípios do BAIXO AMAZONAS:

Urucurituba
Maués
Boa Vista do Ramos
Barreirinha
Parintins
Nhamundá
Urucará
São Sebastião do Uatumã
Itapiranga
Silves

Foram mais de 800km em cerca de 6 horas de voo no total.

Foram mais de 40 entrevistas entre pastores, obreiros, missionários e crentes. Felizmente, Asas de Socorro disponibilizou um piloto para cuidar de toda parte do vôo, o Missionário Nivaldo foi uma grande bênção na minha vida e no Projeto Fronteiras na semana passada. Se eu tivesse que fazer tudo sozinho, certamente não teria cumprido o cronograma no prazo disponível.
É uma pena que vocês não puderam me acompanhar, pois foi uma experiência tremendamente rica, cheia de conversas, aprendizados e descobertas sobre o Reino de Deus no interior da selva. Alguns dos quais eu desejo compartilhar no futuro.

No momento estou me dedicando a compilar os relatórios dos 10 municípios. Como já era de esperar, está dando muito mais trabalho do que imaginava. Vou demorar mais de 2 meses para conseguir compilar tudo, pois a agenda de Asas de Socorro está lotada nos próximos 60 dias e não terei muito tempo disponível para isso.

Entrevistei mais de 40 pastores e obreiros destas cidades, comprometidos com a missão de alcançar as comunidades no interior, isoladas no meio da floresta. Alguns aprendizados:
1. A tarefa de evangelização nas comunidades isoladas é maior do que se imaginava.
2. O custo (tanto pessoal quanto economico) para evangelizar estas comunidades também é maior do que se imaginava.
3. O desconhecimento e descaso da igreja brasileira sobre a realidade amazônica também é maior do que se imaginava. Tem mais estrangeiros investindo em missões do que os próprios brasileiros.
4. A necessidade de desenvolver parcerias eficazes para alcançar os não-alcançados na amazônia é maior do que se imaginava.

Cerca de apenas 30% das comunidades isoladas no interior da selva, já tem informação a respeito do evangelho de Jesus Cristo. Falava-se de 50%, mas de fato, essa estatística não condiz com a realidade.

Quem vai conosco, pregar o evangelho a estas pessoas? Quem vai levar o amor de Cristo até eles se não for a igreja? E por que ainda tem que ser a igreja estrangeira? Por que não a igreja brasileira?